
As ações da EDP Renováveis estão a negociar sob forte pressão no mercado acionista, com a empresa de renováveis a tombar mais de 15% para o valor mais baixo em seis anos, depois de ter reportado um prejuízo de 556 milhões de euros em 2024. As ações já chegaram a negociar mesmo abaixo dos oito euros por ação, levando a empresa a perder mais de 1,5 mil milhões de euros em valor de mercado.
Por volta das 13h45, a EDP Renováveis segue a descer 8,26%, para 8,665 euros. Contudo, a meio da manhã, os títulos já estiveram a afundar perto de 16%, tocando num mínimo de 7,97 euros, a cotação mais baixa em seis anos, levando a capitalização bolsista da empresa a encolher 1.533,8 milhões de euros face à última sessão.
A sessão está a ser marcada por um forte volume de negociação, com quase 4,5 milhões de títulos transacionados. Com a desvalorização registada pela empresa esta quinta-feira, os títulos acumulam uma queda de quase 14% no ano.
Numa reação a este desempenho bolsista, Miguel Stilwell disse esta quinta-feira tratar-se de uma “reação exagerada” do mercado: “Sinceramente, não consigo entender porque é que está a haver uma reação tão negativa.”
A castigar a empresa estão os números apresentados na quarta-feira, que levaram o CEO, Miguel Stilwell, a reconhecer que o ano “não foi ótimo” para a empresa, justificando a quebra com as imparidades que decidiu constituir em relação a projetos de eólico offshore nos Estados Unidos, face à incerteza criada pelas políticas de Donald Trump, e também com a decisão de não avançar com dois projetos na Colômbia.
Os resultados reportados pela empresa falharam por completo as previsões dos analistas. Os analistas antecipavam lucros de 188,5 milhões de euros, de acordo com a Reuters. Mas a empresa passou de lucros de 309 milhões de euros em 2023 para prejuízos de 556 milhões em 2024.
Enquanto isso, a “casa mãe” EDP, que também apresentou resultados na quarta-feira, informou que vai moderar o ritmo do investimento até 2026. A elétrica, que tem o mesmo CEO, põe um teto de 4,4 mil milhões de euros anuais nos volumes de investimento, 22% abaixo daquilo que estimava em maio do ano passado, quando colocou a fasquia nos 5,7 mil milhões de euros.