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Trump anuncia tarifas recíprocas para “países em todo o mundo”. Produtos da UE vão pagar 20%

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Os Estados Unidos vão impor tarifas recíprocas às importações, informou esta quarta-feira o presidente americano Donald Trump, num discurso em que anunciou várias medidas para “libertar” a maior economia do mundo e que irão escalar as tensões comerciais globais.

Com as tarifas recíprocas, a administração Trump quer igualar os direitos aduaneiros cobrados por cada país na importação de produtos norte-americanos. O princípio é de que os EUA cobram a taxa máxima que outros países cobram aos seus produtos.

O presidente americano informou ainda que o país vai impor uma tarifa base de 10% para todas as importações. “Este é o Dia da Libertação!” gritou Trump, num discurso no Rose Garden da Casa Branca. “Dentro de momentos, assinarei uma ordem executiva histórica que institui direitos aduaneiros recíprocos para países de todo o mundo”.

“É a nossa declaração de independência”, vincou. Mostrando cartazes com as taxas recíprocas para cada país, Trump explicou que os Estados Unidos podiam impor tarifas recíprocas completas mas não o vão fazer. “Não vão ser inteiras, vão ser metade”, disse, voltando ao assunto minutos depois para sublinhar que são “recíprocas bondosas”.

Adiantou que a União Europeia cobra direitos aduaneiros de 39% aos EUA, portanto a administração decidiu impor tarifas de 20% aos produtos do bloco europeu.

Essa taxa fica perto do meio da tabela, abaixo dos 34% a ser aplicado para os produtos da China, 31% da Suíça, 30% da África do Sul, entre outros, mas acima do 10% determinados para o Brasil e para o Reino Unido.

Veja aqui os cartazes com a tarifas por país:

Um representante sénior da Casa Branca informou ainda que a tarifa base de 10% irá entrar em vigor a 5 de abril, enquanto as recíprocas terão efeito a partir de 9 de abril.

Tarifas de 25% para setor automóvel confirmadas

Desde que regressou à Casa Branca para um segundo mandato, a 20 de janeiro, o republicano tem falado e decidido de forma recorrente sobre a imposição de tarifas aduaneiras para ajudar a maior economia do mundo a reduzir o défice externo, proteger as empresas nacionais e acelerar o crescimento da maior economia do mundo. Isto mesmo se os obstáculos comerciais provocarem um acelerar da inflação e até uma recessão, algo que Trump vê como um mal necessário.

Apesar de ter mantido em segredo as novas medidas até ao ‘Dia da Libertação’, a administração Trump já tinha feito saber que esta quinta-feira irá entrar em vigor uma tarifa de 25% sobre as importações de automóveis.

Até agora já entraram em vigor direitos aduaneiros de 20% sobre os bens importados da China, assim como uma taxa de 25% sobre o aço e o alumínio e de 25% sobre as importações canadianas e mexicanas.

As ameaças de Trump têm provocado preocupação nos parceiros comerciais. A Comissão Europeia garantiu esta quarta-feira que irá responder no “momento oportuno” ao esperado anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre tarifas comerciais recíprocas à União Europeia (UE), indicando que o bloco comunitário está “em modo de espera”.

Após o discurso de Trump, a Comissão Europeia informou que a presidente da instituição, Ursula von der Leyen irá reagir via comunicado esta quinta-feira, às 05h00 de Bruxelas (04h00 de Lisboa).

(Notícia atualizada às 22h07)


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