
O ouro detido pelo Banco de Portugal valia 30,9 mil milhões de euros no final do ano passado, com as reservas detidas pelo banco central a valorizarem 34,5% em relação a 2023.
A instituição liderada por Mário Centeno explica que esta evolução resultou da “evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”: mais concretamente, “deveu-se ao efeito conjugado da valorização do preço do ouro em dólares (+26,4%) e da apreciação do dólar face ao euro (+6,0%)”.
Há dez anos, as reservas estavam avaliadas em ‘apenas’ 12 mil milhões de euros e numa década valorizaram 160%. O ouro tem brilhado em 2025 por conta da instabilidade nos mercados, o que significa que as reservas de ouro do Banco de Portugal valerão hoje mais do que no final do ano passado.
O Banco de Portugal detinha 382,7 toneladas de reserva de ouro em dezembro de 2024, mais 0,1 toneladas do que um ano antes, “devido a diferenças no peso do ouro recebido por via das operações colateralizadas para rentabilização desta carteira”.
Ouro brilha nos cofres do Banco de Portugal
Fonte: Banco de Portugal
O supervisor explica que ao longo do ano passado continuou a efetuar aplicações em ouro, que se traduziam, essencialmente, em swaps de ouro por euros, registados contabilisticamente como empréstimos colateralizados.
“No final de ano, o montante destas operações era substancialmente menor em 7.374 milhões de euros face a 2023, em consequência da evolução das taxas de juro”, detalha o Banco de Portugal.