
Portugal regressou esta quarta-feira ao mercado de dívida para emitir 1.500 milhões de euros em títulos a três e a 11 meses, com o Tesouro português a pagar taxas de juro ligeiramente inferiores às pagas na emissão comparável, realizada em meados de abril. O instituto que gere a dívida portuguesa conseguiu colocar o máximo pretendido, na primeira emissão após a descida de juros anunciada pelo BCE, no início deste mês.
O Tesouro português emitiu 850 milhões de euros na linha de títulos com uma maturidade em setembro de 2024. A taxa de juro média da operação fixou-se em 3,646%, uma taxa que compara com os 3,769% pagos na emissão de dívida a três meses realizada a 17 de abril. A procura situou-se em 1,7 vezes a oferta.
Para a linha com maturidade em setembro de 2025, o instituto que gere a dívida portuguesa colocou 650 milhões de euros. A taxa de cupão média para emitir os títulos a 11 meses foi de 3,42%, abaixo dos 3,457% pagos para emitir dívida com a mesma maturidade em abril. Para esta linha, a procura superou em 2,5 vezes o montante da oferta.
O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública indicou na passada sexta-feira a realização de um duplo leilão de bilhetes do tesouro (BT) com maturidades a 3 e 11 meses, com um montante indicativo global entre 1.250 e 1.500 milhões de euros, com a entidade liderada por Miguel Martín a conseguir colocar o montante máximo pretendido.
Esta é a primeira emissão de dívida realizada pela República após o Banco Central Europeu ter anunciado a primeira descida de juros em quase cinco anos, uma decisão que colocou a autoridade monetária do euro na dianteira no início de ciclo de descidas de taxas em relação à Reserva Federal dos EUA.
(Notícia em atualização)