
As taxas de juro implícitas do crédito à habitação mantiveram a tendência de descida dos últimos meses em maio e recuaram pelo quarto mês consecutivo. Já as prestações da casa mantiveram-se no mesmo valor registado em abril, segundo mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação baixou para 4,556% em maio, traduzindo uma descida de 5,0 pontos base (p.b.) face a abril (4,606%). Em relação ao máximo de janeiro deste ano, nos 4,641%, as taxas descem 10,1 pontos base.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro diminuiu pelo sétimo mês seguido, fixando-se em 3,845%, menos 6,5 p.b. que no mês anterior e acumulando uma quebra de 53,5 p.b. face ao máximo atingido em outubro de 2023.
As Euribor — que servem de base para o cálculo da prestação da casa em 90% dos contratos em Portugal — têm vindo a baixar nos últimos meses e seguem em mínimos de um ano no prazo a seis meses, com os investidores a anteciparem uma inversão na política monetária do euro, a qual se materializou este mês, após o primeiro corte de juros anunciado pelo Banco Central Europeu.
Prestação não mexe
Apesar das taxas de juro estarem a baixar há quatro meses, esta descida ainda não está a ter impacto nas mensalidades pagas ao banco. A prestação média fixou-se em 404 euros, o mesmo valor de abril de 2024 e 52 euros acima do registado em maio de 2023.
Do valor da prestação, 246 euros, ou seja, 61% da mensalidade, destinava-se ao pagamento de juros e 158 euros (39%) a capital amortizado, enquanto no período homólogo a parcela de juros na mensalidade era de 51%.
Nos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 8 euros face ao mês anterior, para 603 euros em maio, o que corresponde a um aumento de 2,0% face ao mesmo mês do ano anterior.
Já o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 347 euros, para 65.924 euros.
(Notícia atualizada às 11:34)