
Angola planeia manter-se como investidor no BCP e na Galp, enquanto continua a vender outros ativos para reforçar as suas contas públicas. “Estamos muito contentes com o que temos neste momento”, afirmou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, em entrevista à Bloomberg.
Massano classificou as relações com o BCP BCP 2,87% e com a Galp GALP 0,05% como “muito positivas”. Através da Sonangol, Angola é o maior acionista do banco com uma participação de 19,5%. Também detém uma posição indireta na Galp através da parceira na Amorim Energia, que detém 36% da petrolífera portuguesa.
Angola tem vindo a executar um programa de privatizações num esforço para atrair investimento e reduzir a presença do Estado na economia.
O presidente da Sonangol sinalizou em fevereiro que a companhia petrolífera angolana estava a enfrentar “muita pressão” para vender a sua participação no BCP.
Tanto o BCP como a Galp acumulam valorizações de mais de 40% este ano.
No âmbito do programa de privatizações, Angola já vendeu 108 empresas dos cerca de 200 ativos previstos no plano. Massano defendeu à Bloomberg que continua a fazer sentido a Sonangol manter as posições do BCP e na Galp.
“São investimentos que visam manter um portefólio equilibrado”, disse o ministro angolano. “Não temos qualquer necessidade ou urgência de seguir um caminho diferente”, acrescentou.