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Galp não tem pressa em vender posição no projeto da Namíbia

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Na sequência da apresentação dos resultados do segundo trimestre de 2024, Filipe Crisóstomo, CEO da Galp, abordou os principais marcos e perspetivas da petrolífera nacional numa conferência com analistas. Sem fazer muitos comentários sobre a operação da Namíbia, onde a Galp tem uma participação de 80% num bloco de exploração onde fez uma importante descoberta de petróleo, o gestor destacou que “estamos a preparar o primeiro de quatro poços para o quarto trimestre”.

A petrolífera tem atualmente metade da posição no bloco à venda. Filipe Crisóstomo confirmou que a Galp tem estado em “discussões preliminares com potenciais parceiros” e sublinhou que “temos a capacidade financeira para não apressar uma transação”, notando que isso “permite-nos continuar com o atual plano” enquanto a Galp maximiza o valor dos ativos, afirmou o líder da petrolífera nacional aos analistas.

Questionado sobre como têm decorrido as conversas e as relações com o governo namibiano, Filipe Crisóstomo refere que, “para já estão a correr bem”.

No decorrer das suas intervenções aos analistas, Filipe Crisóstomo salientou a solidez financeira e operacional da empresa, sublinhando a capacidade de adaptação e crescimento estratégico da Galp num cenário global desafiador, como mostram os resultados do primeiro semestre.

“A nossa posição financeira foi ainda mais reforçada pela sólida geração de cash flow operacional e pela nossa alocação disciplinada de capital”, afirmou Filipe Crisóstomo, notando o “papel fundamental que desempenha na nossa estratégia a rotação de ativos”, como ficou visível com a recente alienação de 10% da Área 4 em Moçambique no último trimestre e pela “alienação dos ativos do upstream em Angola.”

Filipe Crisóstomo mencionou ainda que as atividades de exploração e produção (upstream) se mantém estáveis, agora totalmente centradas nos ativos no Brasil após o desinvestimento em Moçambique. “A produção do upstream, agora inteiramente baseada nas operações no Brasil, deverá ser superior a 105 mil barris de petróleo equivalente por dia, até que o Bacalhau arranque em meados de 2025 e aumente os níveis de produção em muito mais de 30%”, destaca a empresa num comunicado.

No campo das energias renováveis, a Galp revela que continua a progredir, notando que iniciou as operações de mais um parque solar de 100 megawatts (MW), com o intuito de conseguir fechar o ano com uma capacidade instalada de produção de 1,6 gigawatts.

Além disso, a petrolífera destaca ainda em comunicado que continua a avançar na construção de unidades industriais em Sines, incluindo uma fábrica de biocombustíveis avançados e uma unidade de eletrólise de 100 MW para produção de hidrogénio verde.

 


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