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Banco de Inglaterra junta-se ao BCE e corta juros pela primeira vez em mais de quatro anos

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Um dia depois de o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos ter admitido pela primeira vez uma descida de juros em setembro e do corte anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) na reunião de junho, o Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra anunciou a primeira descida da sua taxa de juros em mais de quatro anos.

A taxa de juro da libra esterlina baixou 25 pontos base para 5%. Este corte surge depois de a autoridade monetária liderada por Andrew Bailey ter mantido os juros inalterados em máximos de março de 2008, nos 5,25%, sete encontros consecutivos, desde agosto de 2023.

A decisão para baixar os juros foi tomada por uma maioria de cinco contra quatro, segundo o comunicado do Banco de Inglaterra, que reforça que “quatro membros preferiam manter a taxa bancária em 5,25%“, o que mostra que a decisão foi tudo menos unânime.

O Banco de Inglaterra tem optado por manter uma postura cautelosa, determinado em manter a taxa de inflação controlada no seu objetivo de 2%, o que conseguiu nos meses de maio e junho.

Apesar dos progressos conseguidos, o Banco de Inglaterra reitera que “a política monetária terá de continuar a ser restritiva durante tempo suficiente até que os riscos de a inflação regressar de forma sustentável ao objetivo de 2% no médio prazo se dissipem ainda mais”.

“O Comité continua a monitorizar de perto os riscos de persistência da inflação e decidirá o grau apropriado de restritividade da política monetária em cada reunião“, acrescenta o comunicado.

Apesar do discurso conservador do banco central e da divisão entre os membros do comité sobre o corte de juros, o ING antecipa mais cortes em 2024. “O Banco de Inglaterra vai cortar taxas de juro mais rápido do que o comité está atualmente preparado para admitir“, escreve o economista James Smith numa primeira reação ao anúncio da autoridade monetária.

O especialista refere que o cenário mais provável é de um novo corte de juros em novembro, que será “muito provavelmente” seguido por outro em dezembro, não estando afastada uma descida em setembro, se os números da inflação nos serviços começarem a surpreender positivamente. “Acreditamos que a taxa do Banco de Inglaterra pode atingir um intervalo entre 3 e 3,5% no próximo verão“, face aos atuais 5%, antecipa o especialista.


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