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Preços do petróleo afundam mais de 6% com retaliação da China às tarifas

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O anúncio de uma nova bateria de tarifas por Donald Trump está a afetar também as cotações do petróleo nos mercados internacionais, estando mesmo a encaminharem-se para o valor mais baixo desde meados de 2021, ano marcado pela pandemia de Covid-19.

Às 11h59 (hora de Lisboa) desta sexta-feira, o barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações europeias, caía 6,44%, para 65,64 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recuava 6,35%, para 62,66 dólares. Ambos os benchmarks caminham para as maiores perdas semanais em termos percentuais em meio ano.

A queda dos preços do “ouro negro” agravou-se ainda mais após a China anunciar, esta manhã, que vai impor tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA a partir de 10 de abril, como retaliação pelos direitos aduaneiros anunciados pelo Presidente norte-americano na quarta-feira.

Além das tarifas anunciadas pelas duas maiores economias do mundo, o desempenho das cotações do petróleo está a ser impactado pelo aumento da produção anunciado na quinta-feira pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+), em 411.000 barris por dia em maio, acima da estimativa do mercado de 140.000 barris por dia.

“Isto inclui o aumento originalmente planeado para maio, para além de dois aumentos mensais”, referiu a organização que abrange países como a Arábia Saudita, a Rússia, o Iraque, o Kuwait, o Cazaquistão, a Argélia e Omã.

Ainda assim, ressalvou que “os aumentos graduais podem ser interrompidos ou invertidos em função da evolução das condições do mercado“.

Os níveis de produção para junho serão decididos numa reunião em 5 de maio.

Note-se, porém, que a Casa Branca confirmou que o petróleo, o gás e os produtos refinados estavam isentos das novas tarifas.

Não obstante, as tarifas de 25% aplicadas aos países que importam petróleo da Venezuela têm efeitos a partir desta semana. Trump também ameaçou impor taxas entre 25% a 50% aos compradores de petróleo da Rússia e alertou para um “bombardeamento” e para a aplicação de “tarifas secundárias” ao Irão, outro dos maiores produtores de petróleo.


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