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Pagamentos a dinheiro baixam para pouco mais de metade do total

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Há cada vez menos pagamentos em dinheiro. Ao contrário do que acontecia há apenas alguns anos, em 2023, apenas cerca de metade dos pagamentos foi realizado em numerário, adiantou o administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino na Conferência New Money, organizada pelo ECO.

Apenas 52% dos pagamentos foram realizados em numerário, em 2023. Trata-se de uma queda de 18 pontos percentuais face aos valores de 2017, segundo os números partilhados pelo administrador do Banco de Portugal, esta quarta-feira.

Outra importante mudança nos pagamentos em Portugal diz respeito à utilização de cheques. Apenas 4,4% dos portugueses referem ter utilizado cheques nos últimos 12 meses. Entre os que recorreram a este meio de pagamento, 74,1% tem idade superior a 54 anos.

Enquanto estes meios de pagamento estão a perder importância, os meios digitais e a utilização de contactless são cada vez mais utilizada pelos portugueses. No último ano, 74,6% dos portugueses indicam já ter utilizado a tecnologia contactless, mais de quatro vezes a percentagem referida em 2018: 17,9%.

Por outro lado, perto de 79% dos portugueses (78,9%) já fez compras online e 81,8% referem utilizar canais bancários remotos (65,9% em 2018).

Segundo Hélder Rosalino, os portugueses preferem cada vez mais os instrumentos de pagamento eletrónicos, como o cartão de pagamento, débitos diretos e transferências, métodos de pagamento que continuam a crescer.

Conferência New Money 2023 - 07MAR23
Hélder Rosalino, Administrador do Banco de PortugalHugo Amaral/ECO

Os dados revelados mostram que estes instrumentos eletrónicos foram utilizados em 99,8% dos pagamentos de retalho sem recurso a numerário.

Perante uma maior utilização de meios de pagamento eletrónicos, aumenta também a sofisticação dos esquemas de burlas. Mais de 20% dos portugueses indica já ter sido vítima de fraude com pagamentos, sendo que em 40,5% dos casos, os fundos foram totalmente perdidos.

A segurança é, assim, o fator mais valorizado pelos portugueses na escolha dos instrumentos de pagamento que vão utilizar.

No que diz respeito aos criptoativos, que têm vindo a conquistar uma popularidade crescente, o Banco de Portugal refere que 13,2% dos portugueses indica já ter detido ou deter atualmente estes ativos, sendo que 10,8% dos portugueses que detém ou deteve criptoativos refere que um dos motivos para a aquisição destes ativos foi efetuar pagamentos.


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